quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Energia Alternativa


Filadélfia planeja criar energia a partir dos freios de trens do metrô

Nesta segunda-feira, a Viridity Energy anunciou que recebeu um fundo da Autoridade de Desenvolvimento de Energia da Pensilvânia para projetar um sistema que transforme a energia liberada pelos freios dos trens entrando nas estações em energia elétrica.


Trem saindo da estação 52nd Street. Crédito: Wikipédia.
O sistema irá coletar a energia em uma grande bateria instalada na linha Market-Frankford, que tem 28 estações em quase 21 km de extensão. A energia armazenada será utilizada para abastecer os próprios trens quando eles deixarem a estação e também retornar energia para a rede. De acordo com Audrey Zibelman, CEO da Viridity, o projeto se trata essencialmente de uma microrede elétrica, integrada com a rede de transmissão e operando para otimizar e proporcionar maior eficiência e economia para o sistema de metrô da Filadélfia.

O site CNET explica que a bateria poderá, inclusive, gerar algum rendimento financeiro para a SEPTA, a empresa que administra o sistema metroviário da Pensilvânia. A utilização da energia da bateria pode ajudar em outras partes da rede elétrica, diminuindo os custos de operação.

A idéia de usar energia normalmente desperdiçada em frenagens e vibrações não é nova. De fato, parece um desperdício gastar energia para fazer (por exemplo) um elevador subir e para que desça – esta última operação poderia ser usada para recarregar baterias, com o motor transformado em gerador. Há diversas iniciativas, embora tímidas, nessa direção, como os geradores microscópicos por vibração (tinyurl.com/2ev7phm), a Roda de Copenhague, que armazena a energia das descidas em bicicletas para ajudar o ciclista nas subidas (tinyurl.com/2cetzbw), o estacionamento que aproveita a frenagem dos carros para gerar energia (tinyurl.com/24ceapj) e o GenShock, amortecedor para veículos que gera energia enquanto absorve o “tranco” de buracos e irregularidades no terreno (tinyurl.com/2g6sabd).

O sistema da SEPTA deve entrar em atividade no primeiro semestre de 2011 e deve reduzir bastante os gastos de operação da linha, já que quando os trens utilizarem a energia da bateria para deixar a estação, a energia da rede pública será cortada.

A SEPTA estima que pode economizar até U$ 500 mil por ano, cerca de R$ 850 mil, com a instalação do sistema, deixando ainda os metrôs mais “verdes”.
Fonte: Geek

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